O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, testemunhou aliados do então ocupante do Palácio do Planalto sugerirem um golpe militar após sua derrota na eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a mídia nativa, o tenente-coronel se tornou o homem-bomba sobre o golpe fracassado de 8/01.

Em 8/01, horadas da extrema direita pentecostal brasileira ocuparam Brasília quando, em atos análogos a terrorismo, atacaram e saquearam edifícios sedes dos 3 poderes da República. A investigação está em curso sob o comandando do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

O militar foi preso preventivamente durante a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira (3), com o objetivo de apurar fraudes no cartão de vacinação de Bolsonaro e de pessoas próximas ao ex-mandatário. Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão.

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, Cid teria relatado a interlocutores que algumas das propostas golpistas teriam sido feitas por um ex-ministro do governo Bolsonaro e pelo ex-deputado federal Daniel Silveira.

O tenente-coronel não citou o nome do ex-ministro que supostamente estaria na articulação do fracassado golpe de estado.

Ex-capitão aponta mandante do assassinato de Marielle

Todos os caminhos levam ao submundo do crime e das milícias do Rio de Janeiro. Em mensagens apreendidas pela Polícia Federal na quarta-feira (3), o ex-capitão do Exército Ailton Barros afirmou saber quem seria o mandante da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), ocorrida em 2018 e até hoje sem solução.

Ele foi preso em operação da PF que apura esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19 envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Ailton aparece nas mensagens que foram a base da operação da PF como um elo entre o ex-vereador carioca Marcelo Siciliano, alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira, e o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro.

 

Com Brasil 247, Revista Fórum

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *