O terror de extrema direita está de volta à cena política brasileira. Tem rosto, nomes, profissões, a exemplo dos anos 1980, germinou nas portas dos quartéis do exército e parece gozar de indisfarçável tolerância dos organismos de segurança do estado, que ainda não explicaram direito como a Polícia de Brasília, indiferente aos atos de terror na Esplanada dos Ministérios, prendeu o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54.
George Washington, o suspeito
Segundo a Polícia Civil do DF, George Washington é suspeito de plantar uma bomba remota num caminhão de transporte de combustível na pretensão de devastar o aeroporto da capital federal, algumass subestações de energia elétrica, apenas para “chamar a atenção da sociedade e para pedir intervenção militar capaz de impedir a posse do presidente eleito e diplomando, Luiz Inácio, Lula, no próximo dia 1º de janeiro”.
Relata mídia nativa que o terrorista bolsonarista George Washington De Oliveira Sousa, dono de uma empresa de vestuário em Santarém, no Pará, “veio a Brasília após a derrota de Jair Bolsonaro no segundo turno. Desde então, continua na capital federal, participando de atos em frente ao QG do Exército. No começo da noite de sábado, ele foi preso em um apartamento alugado. Foram apreendidos junto dele um fuzil, duas espingardas, revólveres e mais de 1 mil munições e artefatos explosivos”.
O que se sabe
A polícia do Distrito Federal ainda não explicou se o terrorista detido teve suporte logístico, mas o envolvimento de outros bolsonarista identificado como Alan Diego Rodrigues, está sendo procurado e existe a possibilidade que ele já tenha deixado a capital federal.
O armamento privado apreendido com o supeito
Mas quem forneceu o artefato e o preparou para matar centenas de brasileiros, quem o financia e como um material explosivo usado em pedreira, que tem fiscalização e controle do exército foi parar em suas mãos..
Tudo isso faz lembrar o “Caso Rio-Centro”, engendrado por agentes do chamado DoI_CODI, organismo de repressão da ditatura à época. O terrorista de agora pleiteia a intervenção do Exército, para imedir a posse de um presidente democraticamente eleito.
Lembrando que o próprio chefe do atual regime foi expulso do exército por planejar atos terroristas.
A polícia investigará quem enviou as emulsões explosivas encontradas na bomba, mas já antecipou que são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará. Segundo a PCDF, George tem registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC). Questionado, o delegado Cândido explicou que ele tem a licença, porém tudo que foi apreendido, está fora das normas.
Não custa relembrar, também, que o IPM instaurado no caso Rio-Centro, passou ao largo das provas para apontar obra do “comunismo”, como os atuais terroristas de agora.
Disse o terrorista à polícia.“O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil dizendo que um povo armado jamais será escravizado”. Ainda acrescentou:
“Eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio para impedir instauração do comunismo Brasil. No dia, vários manifestantes do acampamento conversaram comigo e sugeriram que explodíssemos uma bomba no estacionamento do Aeroporto de Brasília durante a madrugada e, em seguida, fizéssemos denúncia anônima sobre a presença de outras duas bombas no interior da área de embarque”, disse Sousa em seu depoimento à PCDF, de acordo com uma reportagem da Band.
O ato terrorismo é real, resta saber se o inquérito policial não demandará numa fake.