Durante os anos 1960-70 publicações sobre a II Guerra Mundial dominavam as vendas em bancas de revista; nos cinemas as produções de Hollywood tratavam de mistificar o papel dos EUA no conflito, que praticamente foi vencido pelo Exército Vermelho da extinta-URSS; esse boom em torno do nazismo ressurgiu com o aparecimento do CD e as facilidades de replicá-los.

Documentários e filmes sobre Hitler eram os CDs piratas mais vendidos no início deste século. Principalmente os filmes de Leni Riefenstahl, a marqueteira do partido nacional Socialista. Seu filme “O Triunfo da Vontade” virou referência de consulta, até de publicitários e marqueteiros das atuais campanhas políticas.

O que antes era curiosidade, busca por informação, nos dias atuais virou interesse e simpatia pelo nazismo, tanto que o Brasil elegeu, em 2018,  um presidente simpático ao nazismo a ponto de receber neonazistas no Palácio do Planalto – que revela uma base política sólida da extrema direita no País.

Hitler e sua marqueteira, Leni Riefenstahl

Pelas ruas de São Paulo, Brasília e cidades do Sul do País, bandeiras de grupos nazistas ucranianos são vistas, pesquisas apontam um crescimento vertiginosos de células nazistas no Sul e até em outras regiões

Qual a explicação para esse crescimento do neonazismo no Brasil? E como explicar a expansão dessas organizações neonazistas entre os jovens? A sociedade brasileira está de volta a 1936 quando o Brasil simpatizava com o nazismo declaradamente?

Muitas perguntas, poucas respostas e nenhuma convincente

Quase cem anos após a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha, os ideais nazistas, hoje chamados de neonazismo, parecem ter nova leitura e ades ão no mundo Ocidental. O crescimento da extrema-direita, inclusive, faz parte dos sinais de alerta reportados por diversos analistas políticos.

Vejamos esse caso que a revista Fórum reportou, do jovem neonazista e um relatou pouco convincente da mãe dele.

No início da semana um jovem de 17 anos foi preso em Monte Mor (SP) momentos antes de iniciar um ataque terrorista contra uma escola de sua cidade. Além de bombas caseiras, o rapaz portava uma machadinha e, em sua roupa, tinha um símbolo nazista.

Apesar do ataque ter sido frustrado pela polícia, ele conseguiu jogar duas bombas caseira na parte traseira na Escola Estadual Professor Antonio Sproesser, ontem também funciona a Escola Municipal Vista Alegre. O artefato atingiu o banheiro o da instituição, diz a matéria.

Um rapaz de uma família supostamente sem muita grana, estudante de numa escola pública e pelas características longe de ser um ariano.

Nazismo, Israel e monarquia: coquetel da extrema direita

A mãe do adolescente concedeu uma entrevista ao UOL e afirmou que o seu filho “não tinha intenção de matar ninguém” e revela que acionou o polícia quando notou que o filho tinha saída de casa com o seu carro.

Então, prepara coquetel Molotov, veste-se de nazista e não “tinha intenção de matar?”

Disse a mãe: “Para mim, ele estava no banheiro, porque eu ouvi a porta fechar e fiquei tranquila. Daqui a pouco, ouvi o barulho do carro, saí correndo. Falei: ‘para’. No que eu gritei para ele parar, ele já saiu arrancando o carro com tudo. Coisa que ele nunca fez, porque ele não conseguia tirar o carro da garagem”, conta a mãe do jovem.

De acordo com o mãe do jovem, ele passou dois dias trancados no quarto antes de realizar o ataque e que mencionou que queria comprar gasolina para fazer um vídeo para o YouTube.

Um jovem vocacionado para o terror, que pede dinheiro a mãe para praticar um crime, qual a explicação para isso?

“Ele é medroso. Tem medo de tudo. Não saia para a rua para nada, de tanto medo que ele tinha. Nós até demos um cachorro para ele, para ver se ele conseguia sair de casa, porque ele queria um cachorro para se proteger”, conta.

Um medroso que vira nazista. Como se parece com esses que sonham com um golpe de estado no Brasil para implantar uma ditadura de extrema direita.

Fontes de consulta: Revista Fórum, Hora do Povo, Rede Brasil

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *