A tentativa de golpe de estado desencadeada pela extrema direita pentecostal que se arrastou de 12 de dezembro de 2022 a 08 de janeiro de 2023, deixou evidente a participação das instituições de estado através de ministros, líderes religiosos; omissão de chefes militares e permissividade da mídia nativa.

O caos que se estabeleceu em Brasília, dia 12 de dezembro, criou um vácuo de poder, ao ponto do ex-presidente da República, tenente Messias, fugir do País em avião da própria FAB; empoderou políticos e supostos líderes religiosos nos estados para a tomada da Praça dos Três Poderes, dia 08 de janeiro, em busca de um desfecho favorável recorrendo, inclusive, a atos análogos ao terrorismo, também praticados no dia 12 de dezembro.

O contragolpe do presidente Lula, intervindo rapidamente no DF, sem recorrer ao Exército, o apoio imediato recebido de chefes de estados europeus, antes mesmo dos governadores dos estados, isolou os golpistas, desnorteou o Exército, arrastou a mídia nativa para a defesa do estado de direito; levou à prisão centenas de ativistas radicais de extrema direita por atos análogos ao terrorismo.

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. Na foto de capa, de boné, ao embarcar para o Brasil, já está preso.

Não se trata de atos de vandalismos. Vandalismo é chutar lixeira pública.

Incendiar ônibus e carros particulares, supostamente derrubar torres de transmissão de energia e invadir as sedes do Parlamento, do Judiciário e do governo, foram gestos muito além de conspiração.

Agora se sabe, por depoimentos de dissimulados líderes do golpe, como o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha; o que resultou de buscas e apreensões em residências, inclusive do ex-ministro da Justiça, delegado federal Anderson Torres, do arcabouço jurídico que se pretendia dar legalidade ao golpe de estado que se pretendia, além de derrubar um governo legitimamente eleito, implantar uma ditadura cívico-militar nos molde de 1964 e amparada pelo fundamentalismo evangélico, que se tornou uma ameaça ao próprio País.

O delegado federal Anderson Torres desembarcou no Brasil neste sábado, 14, recebeu voz de prisão da Polícia Federal e espera-se por novas prisões ao longo da próxima semana.

O presidente Lula precisa governar, pois para isso foi eleito,  o Judiciário impor a lei, caçar e prender aqueles que patrocinaram e praticaram atos análogos ao terror – assegurando a todos o direito de defesa.

O desejo de golpe, de implantar o terror no País, segue forte entre significativas parcelas da classe média, evangélicos de extrema direita, integrantes do Judiciário, Ministérios Públicos, policiais militares e no próprio Exército.

Ainda não acabou; o pior ainda está por vir, se a ameaça não for estancada.

Imagens. Revista Fórum. Ag. Brasil.

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