Durante o golpe fracassado contra a democracia em 08 de janeiro, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao não decretar uma GLO – Garantia de Defesa da Ordem – que transferiria para as Forças Armadas o poder de moverem ações contra os atos análogos ao terrorismo, evitou cair num ardil supostamente preparado pelo próprio Exército; proposta feita pelo ministro da Defesa, José Múcio – a sua demissão do cargo está sendo defendida por lideranças do PT.

Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o ex-deputado José Genoino, que foi presidente do Partido dos Trabalhadores e é uma das principais referências da legenda, defendeu o afastamento do ministro da Defesa, José Múcio.

Múcio: autor da proposta de GLO

“O que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe derrotada. Com isso, a autoridade militar está questionada. Os militares chocaram o ovo da serpente. Foi um golpe fracassado e ele poderia ter sido enfrentado se o ministro da Defesa tivesse autoridade sobre os militares”, afirmou, ao ser questionado por Sara Goes, no Boa Noite 247, se Múcio deveria ser afastado.

Genoíno, ex-guerrilheiro que lutou no Araguaia contra o Regime Militar, disse que “Lula deveria tomar uma atitude firme sobre o comandante do Exército, que protegeu os acampamentos. Além disso, o ministro da Defesa sugeriu uma Garantia da Lei e da Ordem, que seria cair no colo dos militares. Se Lula aceitasse, o golpe seria consumado. Por isso, minha resposta é sim”, reforçou.

Tutela do Exército

“Não podemos perder a oportunidade histórica de submeter o poder militar ao poder civil que emana das urnas”, disse ainda Genoino. Ele também pontuou que há risco de “anarquia militar” se nada for feito.

Segundo ele, os militares não têm força para virar a mesa. “ Precisamos desbolsonarizar as Forças Armadas”, afirmou.

Fonte Brasil 247

Imagens PT, Agência Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *