O embevecimento do povo, notadamente da classe média e burguesia por governos e culturas estrangeiras, especificamente a norte-americana é fato, e isso ao longo da história talvez tenha transformado o Brasil não muito afeito a um status de país soberano.

Dito isso, tratemos aqui da guerra na Palestina do estado sionista de Israel contra o povo palestino, originário daquele território no Oriente Próximo, mas que ao longo dos últimos 90 anos vem sendo usurpado por judeus de origem europeia; um estado de Israel, que nada mais é que o 51º unidade dos Estados Unidos – a mão que balança o berço.

Na semana que passou, o embaixador de Israel, sionista Daniel Zonshine, usou e abusou de declarações e reuniões no Congresso em afronta, provocações e achincalhe ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Controlada e simpática ao sionismo, a mídia nativa não esconde sua atração e simpatia pelo genocídio de civis – crianças e mulheres palestinas principalmente, na Faixa de Gaza.

Ninguém pode esconder que há uma guerra militarmente desproporcional entre o povo palestino e o governo sionista de Israel, ainda que a própria autoridade Palestina reconheça o Estado de Israel criado em 1947 simultaneamente ao estado palestino, que jamais se efetivou de fato por boicote da própria ONU.

Lembrando que o estado de Israel foi criado com voto do Brasil na ONU e destacado trabalho do chanceler brasileiro Oswaldo Aranha, que até virou nome de praça em Jerusalém, e dá nomes a várias ruas em cidades de Israel.

Mas no atual estágio da geopolítica, o governo sionista ao ver fracassadas suas pressões para que o governo brasileiro se alinhe e apoie as agressões dos EUA e Israel em Gaza, resolveu hostilizar o governo democraticamente eleito do Brasil.

A ação petulante e ofensiva desse embaixador de Israel segue sem uma resposta diplomática eficiente do governo Lula, que já deveria tê-lo descredenciado; até por conta de insinuações cavilosas, no caso dos palestinos de nacionalidade brasileira presos pela PF por suposto plano terrorista.

O Brasil sempre carregou o estigma de ser um país de “muro baixo”, satélite e submisso aos EUA; nos últimos anos o país assistiu e assiste entidades judaicas e a própria embaixada em convivas com a extrema direita brasileira que não aceita a democracia como regime político, associados à pregação de golpe de estado.

E agora a provocação direta desse embaixador.

E o governo brasileiro – não importa se do PT em coalizão com dezenas de outros partidos – reage com falas polidas, inúteis diante das provocações desse representante diplomático.

Segundo o correspondente internacional, Pablo Escobar, se sabe que Israel prepara esse genocídio em Gaza desde setembro, quando foi autorizada pela Casa Branca, antes mesmo dos ataques do Hamas, que serviram como deixa para a matança de civis, mas de olho no gás na pequena costa de Gaza.

O Brasil assistiu a eficiência do governo Lula em resgatar brasileiros mantidos em Gaza como reféns diplomáticos de Israel, testemunhou também ao trabalho da FAB – que no governo anterior serviu a outros propósitos; agora precisa comprovar sua soberania, a despeito das sabotagens de Israel e dos EUA e de segmentos políticos pentecostais e de extrema direita que controlam a mídia tabajara.

Se o governo do Brasil não demarca sua soberania agora, ficará difícil a partir de janeiro, quando Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes (todos produtores de petróleo bem armados e com capacidade defesa) ingressarem nos Brics, órgão internacional até mais importante que a ONU e da qual o Brasil faz parte desde a sua criação.

Além de “Muro Baixo”, militarmente o Brasil sempre foi um tigre banguelo, sem capacidade de defesa. E com um governo, que se imaginava soberano, agindo de forma pusilânime diante de um diplomata provocador.

Imagem de capa: Agência Brasil.

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