O cineasta Marcus Vilar é conhecido pelas suas obras premiadas, atuação profissional no Cinema Paraibano e com formação profissional no Nudoc/UFPB (1982), que recentemente recuperou “Abril”, documentário sobre a campanha das “Diretas, Já!”, em João Pessoa;
Sua filmografia é vasta, interessante matéria do site “Paraíba Criativa”, veiculou o portfólio de Marcus Vilar, relacionando seus filmes premiados e toda a sua produção cinematográfica na Paraíba.
Mas “Abril” está na aurora da carreira do cineasta.
No próximo mês “Abril” completará 42 anos de sua realização, lança luz sobre uma geração de cineastas formados pela Universidade Federal da Paraíba que nas décadas seguintes viria a se consagrar no Cinema Paraibano.
E o Nudoc resgatou importante registro de Vilar do que foi a campanha patriótica fracassada das “Diretas, Já!”. É uma obra cinematográfica que resgata o papel de jovens universitários, como João de Lima ( autor do texto), e que hoje é professor dirigente do próprio Nudoc.
Autor do texto do roteiro do filme “Abril”
O documentário traz depoimento do compositor Carlos Aranha, àquela altura intelectual progressista, a participação do grupo teatral Ideodrama (João Costa) na agitação política e cultural das manifestações populares daquela década, em João Pessoa.
A câmera Super 8 de Marcus captou depoimentos de intelectuais, artistas, atos públicos em João Pessoa, o clamor da população civil que pedia a aprovação pelo Congresso da emenda Dante de Oliveira, que reestabelecia o direito da Nação votar para Presidente – o Congresso negou esse direito, a emenda foi derrotada e o regime ditatorial se manteve até o ano de 1988, ano da Constituinte.
O blog agradece ao iluminador e diretor de teatro João Batista, servidor do Nudoc pela cópia do filme em pen drive.
Veja a cinematografia de Marcus Vilar
Dados colhidos do site Paraíba Criativa – Filmes/Documentários: Quando um Bairro Não se Cala (1983); 24 Horas (1987); Sertãomar (1994); À Margem da Luz (1996); A Árvore da Miséria (1997); A Canga (2001); O Meio do Mundo (2005); O Senhor do Castelo (2007); Duas Vezes Não se Faz (2008); Negocio de Menina com Menina (2011); Jogo de Olhar (2012), entre outros.
Premiações:
“A Árvore da Miséria”: Melhor filme segundo o júri técnico/Melhor fotografia Prêmio Banco do Nordeste; Prêmio da Associação Brasileira de Documentaristas/Pernambuco e Prêmio Casa Blanca Stúdios, no II Festival de Cinema Nacional do Recife, em 1998; Melhor filme segundo o Júri Técnico, Melhor fotografia e Prêmio Cia de Imagem, no VIII Cine Ceará, em 1998; Melhor fotografia, Melhor música adaptada; Melhor argumento no 21º Guarnicê de Cinema e Vídeo do Maranhão, em junho de 1998; Prêmio do Júri Popular no 9º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, realizada de 19 a 30 de agosto de 1998; Melhor fotografia, Melhor música e Melhor atriz na 25ª Jornada Internacional de Cinema de Bahia, realizada de 12 a 17 de setembro de 1998; Melhor fotografia, no II Festival de Cinema e Vídeo de Vitória, realizado de 15 a 21 de novembro de 1998.
“A Canga”: Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Santa Maria da Feira, em Portugal, realizado em abril de 2001; Melhor filme no Cine Ceará, realizado em junho de 2001; Melhor Música, Prêmio Aquisição Canal Brasil e Júri Popular, no Festival de Cinema de Gramado, realizado em agosto de 2001; Prêmio da ABD-SP, Prêmio Menção Honrosa da TV Cultura, e Prêmio do Júri Popular, no Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, realizado em agosto de 2001; Melhor fotografia, Melhor adaptação Literária e Prêmio Glauber Rocha Melhor da Jornada, na Jornada de Cinema da Bahia, realizado em setembro de 2001; Prêmio Aquisição do Ministério da Cultura, no Festival de Cinema de Vitória, realizado em outubro de 2001; Prêmio de Melhor Direção, no Festival de Cinema de Cuiabá, realizado em novembro de 2001; Prêmio de Melhor Direção, no Festival de Cinema de Recife, realizado em abril de 2002; Prêmio de Melhor filme, no Festival de Cinema de Florianópolis, realizado em maio de 2002; Prêmio de Melhor filme, no Festival Internacional do Meio Ambiente, realizado em maio de 2002, na cidade de Goiás Velho, Goiás; Prêmio de Melhor Direção, no Festival Internacional de Cinema Brasileiro, em Miami, realizado em maio de 2002.
“O Meio do Mundo”: Prêmio de melhor fotografia, No Festival de Cinema de Brasília, realizado em novembro de 2005; Prêmio do Banco do Nordeste, no Festival de Cinema de Sergipe, realizado em abril de 2006; Prêmio de melhor direção, no Festival de Cinema de Cuiabá, realizado em abril de 2006.
“O Senhor do Castelo”: Prêmio de Júri Popular, na 11º Mostra de Cinema de Tiradentes, realizado em janeiro de 2008.
“Duas Vezes Não se Faz”: Prêmio da Associação Brasileira de Documentaristas – Secção Porto Velho, no FestCINE Amazônia, realizado em dezembro de 2009.
“Jogo de Olhar”: Prêmio de melhor montagem e melhor som, no II Curta Coremas, na Paraíba, realizado em maio de 2012; Prêmio de melhor montagem, melhor edição de som e prêmio Romero e Romulo Azevedo de melhor filme no IV Comunicurtas, na cidade de Campina Grande, na Paraíba, em agosto de 2012.
Formação Profissional: Cinema Direto, no Nudoc, em 1982, e na Associação Varan, em Paris, nos anos de 1985 e 1986. Bacharel no curso de Educação Física na Universidade Federal da Paraíba em 1981. Especialização em História do Brasil e da Paraíba no ano de 2001, nas Faculdades Integradas de Patos.
Dados do site Paraíba Criativa.