A maior cartada exitosa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT), em 8 de janeiro, foi desencadear  um contragolpe, às quatro da tarde, no mesmo momento em que, sob olhar indiferente da Guarda Presidencial, dos demais órgãos de segurança do Distrito Federal, militantes da extrema direita pentecostal tocavam ações  análogas ao terrorismo contra as sedes do Três Poderes – Símbolos da República.

Em declaração à Globo News, Lula explicou porque não decretou GLO no Distrito Federal.

“Vinha de uma experiência que eu tive no Rio de janeiro. Quando fizeram GLO no Rio, o Pezão, que era o governador, virou rainha da Inglaterra. Eu tinha acabado de ser eleito presidente e eu não ia abrir mão de cumprir com minhas funções e exercer o poder na sua plenitude, disse.”

Ao invés de intervenção militar, Lula decretou intervenção na Polícia do DF e o ministro Alexandre de Morais, do STF, afastou o governador Ibaneis Rocha do cargo.

Praticamente uma intervenção civil – o que significou retirar o protagonismo das Forças Armadas que se consideram tutoras da Nação, ou algo como Poder Moderador da República.

“Foi por isso que ao invés de GLO decidimos fazer intervenção na polícia de Brasília, que tinha sido conivente com o caso”, disse o presidente, finalizou o Presidente.

Desmilitarizando a Presidência

Na quarta-feira (18), o Palácio do Planalto exonerou mais 13 militares do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). O órgão é responsável pela proteção do presidente e do Palácio do Planalto.

A nova leva de dispensas foi publicada no Diário Oficial da União um dia após o governo ter dispensado 40 militares que trabalhavam no Palácio da Alvorada, além de outros fardados de áreas diversas do governo.

 

O presidente Lula, ainda em declarações à mídia nativa, criticou os órgãos de inteligência das Forças Armadas.

Governo Lula evitou o ardil de convocar o Exército

“Nós temos inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, ou seja, a verdade é que nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que poderia ter acontecido isso. Se eu soubesse na sexta-feira que viram oito mil pessoas aqui, eu não teria saído de Brasília. Eu saí porque estava tudo tranquilo”, disse Lula.

De maneira enfática, o presidente afirmou que o serviço inteligência do governo “não existiu”. Lula também revelou que, no dia 6 de janeiro foi para São Paulo e que àquela altura tinha sido informado de que estava “tudo tranquilo” em Brasília.

Na prática, o gesto do presidente em não convocar o Exército para exercer papel de polícia, “inicia um processo para retirar das forças armadas a noção reinante no País de que  são “tutoras da Nação, Poder Moderador da República”, avaliam historiadores.

Fonte: CNN brasil

Imagens Ag. Brasil

 

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