O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, anunciou na noite do sábado, 21, a troca do Comando do Exército. Assume general Tomás Miguel Ribeiro Paiva no lugar do general Júlio César de Arruda, designado em dezembro, durante o governo de transição; a crise na caserna sinaliza não estar no fim em função da contaminação política que domina os militares das três forças, inclusive nas forças auxiliares que formam as polícias militares nos estado. General que assume defendeu “respeito ao resultados das urnas”.

“Hoje, junto com o ministro da Defesa, José Múcio, conversei com o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, o novo comandante do Exército. Desejo um bom trabalho ao general”, postou o presidente Lula pelo Twitter.

Eleito presidente da República pela 3ª vez em 30 de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva, logo o período de transição enfrentou visível situação de desconfiança por setores de extrema direita do Exército, da Aeronáutica e Marinha, inclusive quando das transições de comando.

Tentativas de golpe de estado ficaram visíveis a partir de 12 de dezembro, quando da diplomação de Lula como presidente, moimento em que a extrema direita evangélica tomou Brasília.

Em 8 de janeiro a situação se agravou com a ocupação da Esplanada dos Ministérios e a ocupação das sedes dos Três Poderes – supostamente com a conivência do aparato de segurança do Distrito Federal e do comando militar.

Desfile do Exército, em Brasília no 7 de setembro

O comunicado de troca de comando foi feito depois de uma reunião que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Defesa, do novo comandante do Exército e do ministro da Casa Civil, Rui Pimenta. Em seguida, Lula postou no Twitter uma foto com o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva e desejou “um bom trabalho ao general”.

“As relações, principalmente no Comando do Exército, sofreram uma fratura num nível de confiança e achávamos que precisávamos estancar isso logo de início para superar esse episódio. Queria apresentar o substituto, general Tomás, que a partir de hoje é o novo comandante”, afirmou José Múcio Monteiro.

“Hoje, nós estamos investindo mais uma vez na aproximação das nossas Forças Armadas com o governo do presidente Lula.”

Politização na caserna e o desrespeito ao resultado das urnas

No início da semana que passou, o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que exercia a função de comandante militar do Sudeste, em discurso para a tropa, afirmou que o resultado das urnas deve ser respeitado.

Foi a primeira manifestação pública de um comandante militar desde os ataques à sede dos três Poderes, em Brasília, no dia 8. “Vamos continuar garantindo a nossa democracia, porque a democracia pressupõe liberdade e garantias individuais e públicas. E é o regime do povo, de alternância de poder. É o voto”, afirmou o general que agora assume o comando do Exército.

Lula segue comandante supremo das Forças Armadas, como determina a Constituição Federal.

Fonte: Agência Brasil

Brasil 247

Imagem Ag. Brasil

 

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