Tarcísio Pereira, dramaturgo e escritor paraibano, lança no próximo sábado, na Livraria do Luiz, às dez da manhã, “A Farra do Meu Cadáver”, romance histórico candidato a sucesso editorial por abordar o assassinato do presidente João Pessoa, em 1930; o autor volta aos acontecimentos de 30, após o êxito teatral “De João para João”. O argumento agora é o uso político do cadáver do político num cortejo por todas as capitais do País – truque que também abriu caminho para Getúlio Vargas chegar ao poder.
O assassinato do então presidente da Paraíba no dia 26 de julho de 1930 em Recife foi o estopim para tomada de poder por Getúlio Vargas; o assassinato de João Pessoa levou à Revolução de 30, mas o tratamento político dado ao seu cadáver beirou à bizarrice com a peregrinação do corpo do presidente da Paraíba por todas as capitais antes de ser enterrado no Rio de Janeiro, quase como uma santificação do político.
E é dessa “farra” política com o cadáver do político que trata o novo romance de Tarcísio Pereira, que no momento se apresenta como candidato a uma cadeira na Academia Paraibana de Letras.
As pretensões de Pereira, de integrar a APL, em vaga aberta devido ao falecimento do ex-prefeito de João Pessoa, Osvaldo Trigueiro do Vale, foram publicadas por ele nas redes sociais. “Entro nesse pleito como romancista e, acima de tudo, por entender que a APL precisa ter uma representação também da dramaturgia paraibana, cujo último dramaturgo com vaga na entidade foi o escritor Ariano Suassuna”, diz trecho da publicação de do autor de “A Farra do Meu Cadáver”.
O convite do autor: