O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta segunda-feira, 21, em Joanesburgo, África do Sul, para participar da 15º Cúpula dos Brics,  será a primeira a ser realizada presencialmente desde o inicio da pandemia Covid- 19 Covid-19. O encontro está sendo visto como evento que dará início ao processo para o  fim da predominância do mundo unipolar, controlado pelos EUA>

Segundo analistas internacionais, o encontro pode representar uma virada na geopolítica devido ao início da expansão do grupo que poderá saltar dos atuais membros Brasil, Rússia, Índia,  China e África do Sul para agregar países como Arábia Saudita e Irã numa lista de pedidos de mais de 20 países.

Além de Lula, estarão presentes os presidentes Cyril Ramphosa (África do Sul)  Xi Jinping (China), Narendra Modi(Índia); o grande ausente é Wladimir Putin(Rússia) , que mandou seu chanceler Sergei Lavrov. A África do Sul decidiu não encarar o Ocidente, que emitiu ordem de prisão contra Putin, em razão da operação militar especial que a Rússia lançou na Ucrânia para barrar o avanço militar da Otan sobre suas fronteiras.

Sem soberania, e diante da pressão da Europa e EUA, a África do Sul recuou e Putin deve participar, provavelmente, por vídeo conferência.

A expansão dos Brics tem o apoio  dos demais componentes, menos do Brasil, que nos últimos cinco anos perdeu protagonismo internacional e posição econômica. Ainda rompendo o isolamento internacional, o Brasil busca se equilibrar na reaproximação com a China, de quem depende economicamente, e demais economias asiáticas, destino de exportações do Brasil.

O presidente Lula também vai tentar furar o isolamento a que o Brasil foi submetido pelo último governo de extrema direita pentecostal junto aos Brics, especialmente da China, Rússia e Índia. A China já é considerada a maior potência econômica do globo e, nos próximos 30 anos, deverá ser alcançada pela Índia. O Brasil tem ficado para trás em função de crises políticas, tentativas de golpe de estado  que levaram à estagnação econômica.

Fim do FMI como agência importante para o Sul Global

Aproximadamente 70 líderes do Sul Global, incluindo todos os chefes de Estado africanos, foram convidados para o Fórum Empresarial, sendo que 50 deles já haviam confirmado a presença no evento, incluindo o presidente iraniano Ebrahim Raisi.

Dilma: papel importante nos Brics

O banco dos Brics, presidido por Dilma Roussef, ex-presidente do Brasil, deverá propor passos para uso de uma nova moeda para pagamento, troca e financiamento dos países membros, representando o início do fim do dólar norte-americano como moeda principal no comércio internacional. Também tudo representa a perda de poder e influência do FMI nas economias.

A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, afirmou que, em agosto, 40 países expressaram interesse em ingressar no BRICS, sendo que 20 deles já se candidataram.

Segundo a ministra sul-africana, a Argélia, Argentina, Bangladesh, Cuba, Egito, Irã, Indonésia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão entre os países que expressaram interesse em aderir ao bloco.

Todos os atuais membros concordam com a expansão, menos o Brasil. O grupo exigem que os candidatos cumopram “critérios” e “orientações”.

A reunião vai tornar real o protagonismo da China, Rússia e demais países da Ásia em função do poderio econômico-militar e populacional  da região.

Caberá ao presidente Lula inserir a América Latina como continente importante para o Sul Global, embora países importantes como Brasil e Argentina estejam sob ameaças de golpes militares e retrocessos econômicos.

Com Sputnik Brasil e outras agências

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