O blog reproduz a seguir, entrevista da ex-presidente Dilma Roussef à imprensa russa sobre os novos rumos do Banco dos Brics, presido por ela. A matéria reflete encontro de Dilma e Putin, que decidiu mantê-la no cargo em reeleição, após o período do Brasil no comando do banco. Veja a matéria.
Presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff é convidada de destaque de Putin durante Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. A ex-presidenta do Brasil lidera a expansão do banco e promete: o país vai se beneficiar com a inclusão de novos membros.
Na quinta-feira (19), a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, participou da cerimônia de abertura do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. A participação de Rousseff se deu após encontro bilateral com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na quarta-feira (18).
Dilma: eficiência reconhecida pelo presidente Putin
Rousseff foi escolhida por Lula para chefiar o NDB durante a presidência brasileira da instituição, entre 2023 e 2024. O bom desempenho da brasileira levou a Rússia, que indicaria o substituto de Rousseff segundo o sistema rotativo, a sugerir o nome de Rousseff para que permanecesse no cargo.
“Estou muito feliz de vê-la aqui. Em primeiro lugar queria parabenizá-la pela sua reeleição para o cargo de chefe do Novo Banco de Desenvolvimento”, disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a Dilma Rousseff na quarta-feira. “Isso significa que todos os membros do banco avaliam muito bem o seu trabalho.”
Com sede em Xangai, o chamado Banco do BRICS garante financiamento privilegiado a países do Sul Global, interessados em desenvolver projetos com responsabilidade ambiental. Nos últimos anos, o banco já aprovou cerca de 120 projetos, avaliados em cerca de US$ 39 bilhões (cerca de R$ 214 bilhões).
“Nós não impomos condicionalidade. No passado, alguns bancos chegavam para o Brasil, por exemplo, e diziam: ‘Se vocês não privatizarem todo o setor elétrico, não terão investimento'”, disse Rousseff à Sputnik Brasil. “Nós não.O banco é proibido de criar quaisquer condições para financiar, a não ser técnicas e ambientais.”
Criado em 2014, o NDB conta atualmente com nove membros. Sob a presidência de Rouseff, o banco já se expandiu para integrar a Argélia. Durante encontro com Putin, na quarta, a presidenta confirmou a seleção de mais dois membros: Uzbequistão e Colômbia. Além disso, outras adesões seguem em avaliação.
Com Sputnik Brasil