Em 31 de março de 1964, a derrubada do presidente João Goulart deu início a sucessivos governos militares no Brasil, que duraria até 1985. Em 13 de dezembro de 1968, o regime decretou o AI-5 (Ato Institucional número 5), que recrudesceu a violência da ditadura contra adversários; torturas, assassinatos, desaparecimentos de civis foram as consequências.

A democracia se reestabeleceu com a Constituinte de 1988, mas em 2013 começou seu esgarçamento; pois o que vivemos é uma democracia de eleições, de poucas inclusões, apesar dos avanços.

Desde 2014 as ameaças à democracia recrudesceram, o país flertou e ainda flerta com o fascismo e com a implantação de um regime totalitário; o avanço da extrema direita no Brasil resultou no governo do tenente Messias, um mau militar, que de forma confusa foi excluído do próprio Exército nos anos 1980, mas se elegeu presidente em 2018 e, promoveu diversas tentativas de golpe de estado.

Ao final do seu governo tentou colocar em xeque a lisura das eleições, em seguida as forças políticas que o apoiam tentaram impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, culminando com a depredação da Praça dos Três Poderes, em 08 de janeiro deste ano numa manobra de setores da extrema direita no Exército e na Polícia Militar do Distrito Federal.

Não só o Exército, mas parcela da sociedade debitam às forças armadas o papel de moderador da sociedade; conceito que está sendo revisto pelo Supremo Tribunal Federal.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal começou a julgar na sexta-feira (29/3), em sessão virtual, uma ação direta de inconstitucionalidade na qual o Partido Democrático Trabalhista (PDT) contesta interpretações que permitem a atuação das Forças Armadas como um poder moderador entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário ou a intervenção dos militares nesses poderes.

8/01: facções da extrema direita atacaram e depredaram prédios das instituições 

A sessão se encerrará no próximo dia 8. Até o momento, os únicos votos apresentados foram dos ministros Luiz Fux (relator da matéria) e Luís Roberto Barroso, que atenderam de forma parcial aos pedidos do partido.

O País pouco ou quase nada aprendeu com a Ditadura Militar. Turbulências e novas tentativas de golpe são possíveis. Sabe-se que o Exército e a FAB não aderiram à tentativa recente de Golpe, a Marinha aderiu. Sabe-se também, que as forças armadas não tiveram o aval do Departamento de Estados dos EUA para a realização do golpe.

Os partidos de extrema direita se consolidaram nos cultos das igrejas evangélicas. Sua atuação é visível nas Assembleias legislativas e Câmaras municipais, nas polícias militares dos estados e em instâncias do Judiciário.

A ameaça à democracia no Brasil ainda não passou.

Imagens Agência Brasil

 

 

One thought on “Após 60 anos do Golpe Militar de 64, ameaças à democracia persistem”
  1. CAMARILHA OLIGÁRQUICA DO CENTRÃO, A DOUTRINAÇÃO DE CAIFÁS, A MÍDIA COMO INSTRUMENTO DE DOMINAÇÃO PSÍQUICA, A CASERNA SAUDOSISTA E POLÍTICOS CORRUPTOS DE OUTRORA, PERPETUADOS NO PODER ATRAVÉS DOS DESCENDENTES. Eis aqui o caldeirão da mafiosidade que não tem nada a ver com democracia, fé, justiça social, humanismo, paz. Ustra é o Deus e o Bolsonaro é o Messias dessa gente boa, linda, elegante e sincera. Com certeza não adianta falar de amor com essa gente. Por isso o trunfo é ♣️ pra comer sabão e pau pra saber que sabão não se come. E quem for frouxo e covarde, corra. Pois morrer na tuia não é opção pra mim. Quem for fraco e babaca mequetrefe, que se lasquem todos.

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