José Tavares de Araujo Neto, historiador e pesquisador da Revolta de Princesa, ocorrida na Paraíba em 1930, anunciou pelas suas redes sociais que o seu livro “A odisseia de José Américo na Revolta de Princesa” está pronto e será lançado no primeiro semestre de 2025.
O blog publica a seguir, o artigo de José Tavares “O Palacete e a Estátua de Epitácio Pessoa”, em Princesa Isabel.
O Palacete e a Estátua de Epitácio Pessoa
José Tavares de Araujo Neto
O palacete de Epitácio Pessoa de Queiroz e a Estátua de Epitácio Pessoa, localizados na cidade de Princesa, estão relacionados a uma história fascinante que envolve política, crime e poder. Tudo começou quando Epitácio Pessoa de Queiroz, sobrinho do então presidente da República Epitácio Pessoa, cometeu um crime passional em Recife, assassinando o renomado médico Bandeira Filho, que estava envolvido em um relacionamento amoroso com sua esposa.
Para escapar do assédio da imprensa, Epitácio Pessoa de Queiroz mudou-se para Princesa, onde construiu uma imponente mansão. Em 1923, a construção da residência foi iniciada, e no mesmo ano, o coronel José Pereira encomendou uma estátua do ex-presidente Epitácio Pessoa para ser erguida em frente à casa do seu sobrinho homônimo.
No entanto, o ex-presidente Epitácio Pessoa manifestou-se contrário à iniciativa, argumentando que estátuas deveriam ser erguidas apenas em memória de pessoas mortas, e não de pessoas vivas como ele.
Durante o movimento armado de Princesa, o palacete de Epitácio Pessoa de Queiroz foi transformado em um hospital de campanha para atender os revoltosos. Esse episódio mostra como a política e o poder podem estar intimamente ligados à vida pessoal e às decisões individuais.
José Tavares é pesquisador da Revolta de Princesa e do fenômeno Cangaço
- A publicação de “A odisseia de José Américo na Revolta de Princesa” é aguardada por pesquisadores do movimento que desaguou na Revolução de 1930. O livro deverá ser editado em capítulos, devido a profundidade das pesquisas realizadas por José Tavares.