Escrito pelo historiador e pesquisador pombalense José Tavares de Araujo o livro “Odisseia de José Américo na Revolta de Princesa”, acaba de ser lançado.

O historiador procura responder qual foi o papel do escritor consagrado e político naquele levante armado que antecedeu a Revolução de 1930 e abalou a Paraíba.

Veja o que escreve o também historiador Jerdivan Nóbrega em sua resenha sobre o livro de Zé Tavares, que pode ser adquirido com o próprio autor, pelo telefone; (83) 99908- 6466.

José Tavares é pesquisador e historiador sobre fenômeno do cangaço

“José Tavares de Araújo Neto, agrônomo, escritor e historiador com profundo vínculo com as raízes do sertão paraibano, nos entrega nesta obra um verdadeiro monumento à memória política e histórica do Nordeste brasileiro. A Odisseia de José Américo de Almeida na Revolta de Princesa não é apenas um relato histórico — é uma travessia épica por um dos episódios mais densos e pouco explorados da história da Paraíba: a Revolta de Princesa (1930).

A figura central é José Américo de Almeida, à época um jovem advogado que se viu inserido num cenário explosivo, entre o governo estadual de João Pessoa e os líderes revoltosos de Princesa Isabel, notadamente o coronel José Pereira Lima, que proclamou a independência de seu território frente ao governo paraibano. O autor reconstrói a trajetória de José Américo como uma verdadeira odisseia, marcada por desafios políticos, dilemas morais, conflitos regionais e a força de sua retórica e convicção republicana.

Araújo Neto conduz o leitor com uma linguagem clara, mas jamais superficial, unindo documentos históricos e análises críticas. A narrativa tem ritmo, tensão e humanidade. A obra evita o maniqueísmo — não demoniza os revoltosos, tampouco idealiza os heróis. Ao contrário, o autor mostra os meandros de uma crise em que todos os lados estavam imersos em interesses políticos, familiares e ideológicos.

Além do enredo histórico, o livro revela um José Américo multifacetado: o literato que escreveu A Bagaceira, o homem público que enfrentou as intempéries do poder e o patriota que lutou por um país mais justo e moderno. É possível ver, por meio dos olhos de Araújo Neto, o nascimento de um estadista.

A capa, com seu tom clássico e simbólico, antecipa a grandiosidade da obra. A diagramação é cuidadosa, com elementos gráficos que ajudam o leitor a se situar nos fatos e nas datas. O projeto editorial valoriza o conteúdo com elegância e sobriedade.

Este livro é indispensável para estudiosos da história nordestina, paraibana e brasileira, mas também para qualquer leitor que deseje compreender como o sertão forjou líderes, resistências e utopias. Em tempos de revisitação da memória nacional, A Odisseia de José Américo cumpre papel fundamental: resgatar o passado não como um baú de curiosidades, mas como bússola de futuro.

Conclusão:

Um trabalho primoroso de pesquisa e narrativa, que insere José Tavares de Araújo Neto entre os mais sérios e sensíveis intérpretes da história da Paraíba. Um livro necessário, ousado e profundamente nordestino”.

 

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