Até domingo, 26, Princesa Isabel, Patos de Irerê (distrito de São José de Princesa) e Triunfo, PE, recebe quase 200 pesquisadores e historiadores para discussão do fenômeno cangaço na região e sua conexão com os acontecimentos da Revolta de Princesa(1930), dentro do Cariri Cangaço.
Este ano o evento contou com destacada participação da Polícia Militar da Paraíba, que instalou no Palacete do coronel José Pereira, atualmente Academia Princesense de Letras, armamentos e peças pertencentes ao Museu da PM, utilizadas pelas antigas volantes da polícia paraibana.
Manoel Severo: curador do Cariri Cangaço
A Polícia Militar instituiu este ano a Medalha Cap. João Costa ( ex-cabecilha de volante paraibana) que será entregue a militares da Rádio Patrulha (no passado se chamava polícia volante) que se destacarem em ação). O capitão João Costa, chefe de volantes que combateu o bando de Lampião na Paraíba, também comandou tropas governamentais durante a Revolta de Princesa.
PMs (volantes) reunidos no Palacete
“Cangaceiros e Volantes” juntos, em Princesa Isabel
A cidadela de Patos de Irerê abriu as portas da capela São Sebastião, da Casa de Marcolino e Xandu e do Casarão do major Floro Diniz, palco de intensos combates entre revoltosos e forças da PM paraibana, em 1930.
Sítio histórico do cangaço e da Revolta de Princesa
– ( Foto de capa) A capela de São Sebastião, bem no centro da cidadela de Patos de Irerê, um reduto de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, durante os anos da década de 1920. Pesquisadores e historiadores posam para foto histórica no Cariri Cangaço 2023.
– O interior da casa de Marcolino Diniz, preservada e morada de familiares descendentes da família Diniz, ainda mantém a famosa mesa em que Lampião e seu coiteiro Marcolino Diniz faziam refeições e jogavam baralho.
-Durante um giro pelo sítio histórico, a casa que pertenceu a Luiz do Triângulo, hoje ocupada por familiares descendentes, do icônico chefe militar da Revolta de Princesa, um ex-cangaceiro de Sinhô Pereira.
Casa que pertenceu ao cangaceiro Luiz do Triângulo
Fazenda Pedra, casa onde Virgulino e bando foram fotografados em 1922
Os historiadores do Cariri Cangaço, em Princesa Isabel, conheceram a casa que pertenceu a doutor Severiano Diniz, médico que atendeu Lampião, que este foi ferido em combate na Serra do Catolé. Virgulino foi socorrido e levado para Patos de Irerê, onde passou muitos dias em recuperação, o que o impediu, inclusive, de participar do ataque a Sousa.
Casa que pertenceu ao médico Severiano Diniz
Algumas imagens retiradas de grupos de cangaço de WhatsApp.
Da redação