“Nós mudamos as regras”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Suva, em sua primeira agenda oficial na China, participou nesta quinta-feira da posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco dos Brics, que tem sede na cidade chinesa. Lula se referia às ingerências do FMI no passado.
“Como qualquer outro banco, quando (instituições como o FMI) emprestam para o terceiro mundo, as pessoas se sentem no direito de mandar, de administrar as contas do país, de visitar o país para ver os balanços do país, ou seja, era como se os países virassem reféns daquele que emprestou dinheiro. (…) Vocês se lembram, os brasileiros, sobretudo, (de) quando todo ano descia um homem e uma mulher do FMI no aeroporto do Rio de Janeiro ou de Brasília para fiscalizar as contas do nosso país. Nós mudamos a regra”, recordou.
O NDB, também conhecido como Banco do Brics (bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), não tem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou instituições financeiras de países de fora do grupo.
A nova presidente do banco dos BRICS, Dilma Rousseff, também destacou o viés social do banco e assumiu o compromisso do NDB com a proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Sinalizando o em toda sua fala o apoio às comunidades mais pobres e a necessidade de ajudá-las a garantir moradia e condições mais dignas, a ex-presidente da República pediu “prosperidade comum”.
Brasil e China iniciam transações comerciais longe do Dólar
Numa clara demonstração que o Brasil busca se inserir na nova realidade geopolítica, foi a assinatura do acordo com a china para a realização de transações comerciais com suas moedas, excluindo o Dólar ( como lastro ou referências).
Lula e Xi Jinping: relações em novo patamar
A iniciativa visa diminuir a dependência do dólar e fortalecer as relações sino-brasileiras.
A parceria tem previsão para começar em julho de 2023 e será intermediada por uma instituição autorizada pelo governo chinês.
Lula fará uma visita à fábrica da Huawei, que para s EUA representa uma “provocação” do Brasil; O país já usa tecnologia da Huawei e Lula pretende trazer uma delas para o Brasil, criando nicho de alta tecnologia no Brasil, algo que sempre foi boicotado pelos EUA.
Com Agência Brasil. Foto de Ricardo Stuckert