Pesquisadores, historiadores e escritores do fenômeno cangaço procedentes de 14 estados de Federação, estiveram reunidos no último final de semana, em Catolé do Rocha(PB)  durante o Simpósio Cariri Cangaço.

O evento, realizado na fazenda 2 Riachos, teve com conferencista principal, José Otávio Maia (Zezito Maia) abordando o ataque à fazenda, do major Valdevino Lobo, ocorrido em junho de 1922, pelo bando de Sinhô Pereira, que já tinha na sua formação Virgulino Ferreira da Silva, que se tornaria poucos meses depois, no famoso Lampião.

Manoel Severo(C) curador do Cariri Cangaço, professora Marilene Costa e o editor do Blog

Fazendo Dois Riachos: lugar de memória

Palco dos acontecimentos violentos de 1922, a Fazenda Dois Riachos tornou-se lugar de memória para a história do cangaço, devido ao momento de transição no banditismo rural, uma vez que a partir desse ataque, o governo federal e da Paraíba, recrudesceram a repressão ao cangaço.

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Ataque planejado no Ceará pelo major José Inácio do Barro

Segundo o historiador José Tavares, o planejamento criminoso para o ataque à fazenda foi montado no município do Barro(CE) pelo famoso major José Inácio e a tarefa para liderança e recrutamento de homens para o ataque, coube ao chefe cangaceiro Sinhô Pereira e também a Ulisses Liberato, bandoleiro pombalense com inserções nos estados da Paraíba, Ceará e Pernambuco.

O ataque à Fazenda dois Riachos, considerado um dos mais rendosos do período pré-lampiônico, foi precedido por outra razia: ataque ao município de Jericó(PB). Assinalou também a transição de comando no grupo de cangaceiros liderados por Sinhô Pereira, que logo depois deixou o cangaço passando o comando para Virgulino Ferreira da Silva Lampião.

Já o pesquisador Zezito Maia, também apresentou nuances do ataque à Fazenda Dois Riachos (pertencente ao clã Maia), consequências políticas na região e uma abordagem genealógica da família Maia e de outras, pioneiras na ocupação do território durante o século 19 e início do século XX.

O encontro foi marcado por apresentações de espetáculos e também assinalou o lançamento de livros sobre o tema cangaço, feira de artesanato e audiências com historiadores e pesquisadores, familiares descendentes de cangaceiros e coiteiros.

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O evento, que deveria ser concluído no domingo se encerrou na noite do sábado.

Segundo os organizadores do evento, o falecimento de importante pessoa, em Jericó, a palestra de encerramento no domingo, que seria proferida pelo abalizado pesquisador e Historiador José Tavares, foi cancelada, entretanto várias delegações ainda permaneceram em Catolé do Rocha e arredores, visitando lugares de memória.

O simpósio Cariri Cangaço Catolé do Rocha foi acompanhado pelo secretário de Cultura da Paraíba, Pedro Santos e autoridades locais,

Imagens do Blog

vídeo e fotos do Cariri Cangaço

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