João Costa
O governo dos EUA afirmou na terça-feira (9) que está preparado para empregar todos os instrumentos disponíveis — inclusive o poder econômico e militar — para reagir a violações da liberdade de expressão em qualquer parte do mundo. A declaração foi feita pela secretária de Imprensa Karoline Leavitt em coletiva oficial, após ser questionada sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, diz matéria do UOL.
Em outras palavras, o “inimigo agora é outro” (título de filme nacional) A minha geração cresceu durante o período da Guerra Fria, em que a doutrina das Forças Armadas do Brasil enfatizava para o “perigo da ameaça comunista e a caça aos chamados inimigos internos”, que seriam justamente os opositores da ditadura militar. Essa doutrina ainda está vigor nos quartéis. O Comunismo não veio nem existe mais como suposta ameaça.
Agora tomamos ciência que “O inimigo agora é outro”.
Quem ameaça “economicamente e militarmente” o Brasil é os EUA. E o agressor não está sozinho. A manifestação da extrema direta pentecostal na Av. Paulista embalada numa enorme bandeira yankee, revelou que o inimigo interno real do Brasil é essa força gigantesca protagonizada por evangélicos, católicos ditos conservadores, empresários e, até governadores (liderados por um ex-capitãodo Exército Brasileiro, hoje governador do estado mais poderosos do País, além de mais de um terço do Congresso Nacional.
O Ministério da Defesa do Brasil classificou a ameaça como “bravata”, o Itamaraty protestou, mas sabemos que basta uma “bravata” deles, os norte-americanos, para que parcela da mídia nativa, do empresariado rural e urbano e as facções religiosas do cristianismo, prostarem-se de joelhos diante do inimigo do País.
O Mundo assiste ao debacle do Império americano, também sabemos que a força militar norte-americana só ataca e devasta países sem capacidades de defesa.
Ainda assim, embora matando milhões, saqueando riquezas minerais dos países devastados o EUA perdeu todas as guerras: Vietnam, Afeganistão e, atualmente, a guerra por procuração na Ucrânia. Até a 2ª GUERRA Mundial foi vencida pelos soviéticos, mas para o Ocidente e o Brasil incluso, que venceu foi o “soldado Ryan”, narrativa de Hollywood.
Acredito que tenha um lado bom nessa encruzilhada. Talvez uma ameaça real sirva para despertar uma mudança estratégica do Brasil, já bem encaminhado na criação de um mundo multipolar.
Desconfio que a Quinta Coluna no Brasil, presente em todos os segmentos da sociedade, tenha força suficiente para colocar o Brasil de quatro.
O que a Casa Branca quer é um câmbio de regime no Brasil (Talvez consiga antes, durante ou depois das eleições de 2026). Esse Bolsonaro é uma “minhoca de pescador”, uma hora perde a serventia.
Imagem Universo On-line