Que um gigantesco balão chinês sobrevoou territórios do Canadá e Estados Unidos na semana que passou ninguém duvida. Até porque os norte-americanos reconheceram e a própria China admitiu; os chineses pediram “calma” alegando que o objeto voador era um singelo balão meteorológico; os norte-americanos canadenses disseram que era espião.
De qualquer forma, o fato é que China invadiu os espaços aéreos dos Estados Unidos e Canadá, e eles nada puderam fazer: se detectaram, o fizeram tardiamente; se não derrubaram usando suas baterias antiaéreas ou misseis Patriot, revelam que suas defesas não são tão inexpugnáveis assim.
As declarações oficiais, em casos assim, camuflam os fatos como os fatos realmente aconteceram ou acontecem. Mas o fato é que ele está inserido num contexto de guerra híbrida que os Estados Unidos e o tal Ocidente ( europeu) movem contra a China, país que já supera economicamente os dois, e se prepara para se tornar a maior potência militar do globo até 2050.
Xi Jinping avança peça no xadrez da geopolítica
E agora se sabe que não foi apenas um inocente balão que sobrevoou a América; foram dois e a contagem vai prosseguir.
O Pentágono (aquele departamento que acumula expertise em invadir e destruir países no mundo inteiro) disse que os Estados Unidos detectaram um segundo balão de vigilância chinês. Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, o dirigível está em trânsito na América Latina.
E outra abordagem serve para lembrar que a China controla portos na África, Ásia e América Latina; tem interesses econômicos no mundo inteiro e a economia global depende da saúde econômica dos chineses.
E nada acontece por acaso numa guerra híbrida. Os governos da Europa e Estados Unidos insuflam sentimentos anti-China e anti-Rússia diariamente através de suas mídias, inclusive até recentemente o Brasil foi arrastado por essa demência.
Lembram o que dizia o governo do tenente Messias Bolsonaro sobre a China? A mídia nativa embarcou no discurso da extrema direita brasileira e até ensaiou uma narrativa de que o Covid-19 era um vírus chinês.
O Ocidente adota suas narrativas e as consolidam através da mídia, ao tempo em que a China avança suas pedras no xadrez da geopolítica se preparando para um eventual conflito não apenas nos mares do sul da china, mas em todos os oceanos.
E concatenamento dos fatos segue uma cronologia.
Em 2024 a ilha de Taiwan realiza eleições gerais, tal como a Ucrânia, embalada e subserviente aos Estados Unidos, visando uma independência que os chineses do continente não aceitam, até porque não existem duas Chinas.
Para encerrar e não por último, 2023 o mundo vai assistir a possível extinção territorial da Ucrânia devido a guerra entre Rússia contra Otan mais Estados Unidos; os chineses sabem que serão arrastados para esse conflito, o que explica seus balões monitorando para onde o vento assopra.