O deputado federal por Minas Gerais, Nikolas Ferreira, do partido de extrema direita, PL, subiu à tribuna no Dia Internacional da Mulher, colocou uma peruca para achincalhar e ridicularizar as mulheres e atacar as mulheres trans. Mesmo sendo um dos parlamentares mais votados do País, “Nikole” ( ele mesmo se definiu assim na Tribuna), é o exemplo claro da destruição da Política no Brasil, uma campanha orquestrada e exitosa movida pelos setores reacionários da sociedade.
A pressão pela cassação do parlamentar já começou.
Ele já foi acionado no Conselho de Ética da Câmara, também recebeu reprimenda do presidente da Casa e, agora, se tornou alvo de uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal(STF); o extremista de direita bolsonarista entrou na mira do Ministério Publico Federal(MPF) pela fala considerada criminosa feita na Câmara Federal na quarta-feira, 8 de Março.
“Hoje é o Dia Internacional das Mulheres. A esquerda disse que eu não poderia falar porque eu não estava no meu local de fala. Então, solucionei esse problema aqui, ó. Hoje, eu me sinto mulher. Deputada Nicole”, discursou o parlamentar mineiro .
O nacionalismo Nikolas durante a campanha
Deputada “Nicole” não deixou por menos
Emendou um discurso transfóbico: “As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. E para vocês terem ideia do perigo de tudo isso é que eles querem colocar uma imposição de uma realidade que não é a realidade”.
Comportamento previsível do parlamentar. Ele representa uma parcela da sociedade brasileira que se esconde na definição de “conservadora e Cristã”. Na verdade, é a expressão definitiva da extrema direita não só de parcela da classe média, mas também de setores excluídos economicamente e culturalmente ignorante, definido como lupemproletariado.
Também “Nicole” é resultado da destruição da Política estimulada pela mídia nativa, pelas igrejas evangélicas (elas, que têm inclusive bancada na Câmara) e demais setores que se consideram “conservadores”.
Pode parecer uma distopia, mas é a Política no Brasil no século XXI.
Com informações do site revista Fórum