Após a visita do presidente Lula a Washington e sua conversa com o presidente dos EUA, Joe Biden, a Casa Branca fez movimento de pressão sobre o Itamaraty para o Brasil passe a apoiar a OTAN e os EUA, que estão numa guerra por procuração contra a Rússia, em território da Ucrânia.
Para isso escalou Victória Nuland, a subsecretária de Assuntos Políticos do Departamento de Estado.
Matéria do jornal Folha de São Paulo revelou o desdém e a pressão dos EUA sobre o Brasil.
Segundo a matéria, os EUA cobram postura brasileira mais dura em relação à operação russa na Ucrânia e indaga Brasil, caso o país estivesse em batalha com “grande vizinho”, se Brasília esperaria por “apoio de comunidade democrática”.
Victoria Nuland subiu o tom sobre a forma como os Estados Unidos pensam que o Brasil tem que se posicionar em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Não poupou desdém.
Putin anunciou Operação Especial em outro patamar
A autoridade, que ocupa o segundo cargo mais alto da carreira diplomática dos EUA, pediu que o “Brasil calce os sapatos da Ucrânia”, e que condene a operação russa de forma mais firme. Ao mesmo tempo, Nuland instou o país a seguir a Carta da ONU.
“Se [o Brasil] tivesse um grande vizinho pegando pedaços de seu território e o invadindo com militares, esperaria e ansiaria pelo apoio da comunidade democrática para resistir e repelir isso? Trata-se de defender a Carta da ONU e as regras do mundo que permitiram que nossos filhos crescessem em um ambiente internacional relativamente civilizado”, declarou a subsecretária citada pela mídia.
Lula pediu intermediação da China em favor da paz
Nesta quinta-feira, a mídia internacional revelou que a China, pela primeira vez, fez declarações incisivas sobre o conflito, pouco tempo depois do presidente Lula sugerir que o país asiático ocupe um papel de mediador para que se encontre a paz.
Entrentanto, Nuland afirmou ao jornal que Washington teve “boas conversas” com o novo governo, tanto durante a visita do presidente Lula à Casa Branca quanto ao longo das visitas de delegações americanas ao Brasil desde as eleições.
O pedido da subsecretária vai em direção totalmente contrária à posição do Itamaraty, que também através do chanceler Mauro Vieira, disse que mesmo após a declaração conjunta assinada entre Estados Unidos e Brasil, Brasília “não tomou partido de forma alguma” entre Kiev e Moscou, segundo a mídia.
Fonte Folha de S. Paulo,
Sputnik Brasil
Imagens Ag. Brasil